A todo tempo surgem vozes
E, assim como animais ferozes,
Gritam contra um planeta imundo.
Gritam pela água que está suja,
Pelas árvores cortadas...
Gritam para que o animal preso, fuja
E, principalmente, pela dignidade enterrada.
São as vozes da natureza
Que, cansadas de injustiças,
Gritam por sua beleza
E pedem por uma carícia.
Vozes sem rosto e sem corpo,
Mas que são forte como pedra.
Que gritam ao reto e ao torto
Por uma justiça, que seja concreta.
(Cleonice dos Santos Costa)