13 julho, 2012

VOZES


No fundo de um mundo
A todo tempo surgem vozes
E, assim como animais ferozes,
Gritam contra um planeta imundo.

Gritam pela água que está suja,
Gritam para que o animal preso, fuja
E, principalmente, pela dignidade enterrada.

São as vozes da natureza 
Que, cansadas de injustiças,
Gritam por sua beleza
E pedem por uma carícia.

Vozes sem rosto e sem corpo,
Mas que são forte como pedra.
Que gritam ao reto e ao torto
Por uma justiça, que seja concreta.


(Cleonice dos Santos Costa)

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